Muitas vidas poderiam ser salvas se o presidente da República fosse um líder de massa. Na verdade, Jair Bolsonaro nunca foi líder de nada. Ele se elegeu em uma célula patética que, por 27 anos, deu a ele mandatos sucessivos na Câmara dos Deputados.
Deu sorte ao ser, no momento em que o Brasil viveu uma busca forte para retirar os mandatos sucessivos do PT, o nome que a oposição e a direita queriam. Não era ele, mas passou a ser. Por isso que, desde o ano passado, o Brasil não para de ter escândalos e mais escândalos, mentiras e mais mentiras, de um governo que ama arrumar encrenca e briga com os Poderes.
Ele desrespeita as normas de saúde, chama uma pandemia que mata de gripezinha, esnoba das pessoas, não deu uma declaração às famílias que foram destruídas com a morte de quem amava.
O presidente é um fanático por ideais que já morreram. Ele arrasta para seu inferno pessoal, familiar e administrativo, outros fanáticos que, cegos, seguem suas orientações e morrem, como muitos por coronavírus, em milhares cidades do Brasil. Por que isso ocorre? Porque foi contra desde o início.
Nunca respeitou a Medicina, infectologistas, epidemiologistas ou entidades de saúde mundial. As pessoas que viram o presidente ir falar em cadeia nacional que era uma gripezinha, que o Brasil deveria renunciar ao ideal de Terra Arrasada como mesmo falou.
Riu das pessoas, criou atrito com os Poderes Legislativo, Câmara e Senado, e também ao Supremo Tribunal Federal dando eco às patéticas manifestações de intervenção militar que um bando de chulé, ousadamente, foram jogar fogos sobre o STF como que isso fosse ação normal. Ele, Jair Bolsonaro, não deu um pio.
A pandemia cresce no país porque o presidente é uma figura com desvio mental de personalidade e com abertas dúvidas de sanidade. Não é uma afirmação normal, mas é o que ele faz todos os dias.
Agora, com a pesquisa do Datafolha apresentando que quase 75% dos brasileiros querem democracia e que 78% afirma que o Brasil viveu uma ditadura, jogou areia na engrenagem enferrujada deste ideal gago, sujo, patético e enganoso que o país passou.
Foi derrotado desde já. Perdeu para o coronavírus, perdeu para a sociedade contra a intervenção militar, tem os filhos mergulhados em fake news, é o pastelão da raspadinha. E tudo isso apenas ainda no 2° ano.
Agora tem o caso Queiroz, que está montado nas costas do filho, senador Flávio Bolsonaro, que, aos poucos, revela o envolvimento em milícias no Rio de Janeiro e influência em São Paulo. São tropeços e mais tropeços que não param de acontecer. Sinais de loucura que, no final, quem paga é o povo brasileiro.
Poderia ter sido tudo tranquilo. O Estado na cobertura, garantindo os serviços essenciais, e a alimentação do cidadão. Mas não. Riu da pandemia o tempo todo. Fez da hidroxicloroquina um deus da salvação que não deu certo em lugar algum.
Dá tempo de ele olhar para seu povo e liderar um caminho novo, largo, certo, tranquilo para fazer o Brasil girar. Mas por suas loucuras pessoais e isoladas, tem tudo para fazer esta Nação ir para o inferno.
O coronavírus tirou muitas vidas dos catarinenses. Aumenta o número de contaminados, mas o Brasil sério está há décadas de distância. O país piorou em tudo. Infelizmente.
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